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6 perguntas para você se fazer em 2026

O que na minha história ficou para trás, mas eu continuo carregando?

O início de um novo ano é um convite à reflexão, uma chance real de fazer um “check-up” interno: olhar para onde estivemos, reconhecer o que aprendemos e decidir, com intenção, para onde queremos ir. Mais do que listar resoluções, este é um momento de revisar as narrativas que carregamos sobre nós mesmos: o que acreditamos ser possível, o que evitamos e o que repetimos no piloto automático.

Todos nós criamos histórias para dar sentido às experiências. Essas narrativas influenciam nosso bem-estar e a forma como interpretamos desafios e oportunidades. Algumas fortalecem a resiliência e ampliam escolhas; outras nos mantêm presos a versões antigas de nós mesmos, como se fossem verdades permanentes: “eu não consigo mudar”, “já passou o meu tempo”, “não sou bom nisso”.

Rever sua história não é negar o passado, é liderar a própria vida com maturidade. É reconhecer o que foi útil, agradecer o que te trouxe até aqui e, com coragem, atualizar o que já não serve. Um CEO não toma decisões com base em premissas antigas: ele revisa dados, aprende com o histórico e ajusta a estratégia. Com a nossa vida, funciona do mesmo jeito.

Abaixo, seguem 6 perguntas essenciais para você reescrever sua história com mais clareza, autonomia e alinhamento com quem você quer se tornar.

6 perguntas essenciais para reescrever sua história

1) Que história tenho contado a mim mesmo sobre quem eu sou e como isso tem direcionado minhas escolhas?

Observe os temas que se repetem: você se vê como alguém capaz de crescer e aprender, ou como alguém limitado por medo e dúvida? Perceba como essa narrativa influencia decisões de trabalho, relacionamentos, dinheiro, saúde e autoconfiança. O objetivo aqui não é se julgar — é entender o “roteiro” que você vem seguindo.

Leia também: 10 Práticas diárias para desenvolver sua autoconfiança

2) Quais partes da minha história parecem desatualizadas ou já não são verdadeiras?

Com o tempo, papéis e crenças deixam de representar quem somos. Talvez você sempre tenha se definido como “o forte”, “o responsável por tudo”, “o que não erra”, “o que precisa agradar”. Quais desses rótulos já não combinam com sua fase atual? Atualizar a narrativa é permitir que sua identidade evolua.

3) O que na minha história eu quero preservar, porque me fortalece?

Nem tudo precisa ser “mudado”. Boas lideranças sabem manter o que funciona. Quais traços você quer levar para 2026: sua disciplina, sua coragem, sua criatividade, sua lealdade, sua capacidade de recomeçar? Identificar o que te sustenta traz estabilidade para transformar o resto com segurança.

4) Em quem quero me tornar em 2026 — e quais histórias apoiam esse crescimento?

Defina com mais precisão a versão de você que quer construir: como você quer agir sob pressão, se comunicar, decidir, cuidar de si e se relacionar? Transforme isso em afirmações-guia que orientem comportamento, não só intenção:

  • “Eu tomo decisões com clareza e responsabilidade.”
  • “Eu enfrento desafios com coragem e consistência.”
  • “Eu construo relações com respeito e limites saudáveis.”

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5) Que medos ou dúvidas estão me impedindo de reescrever minha história?

Medos comuns: falhar, ser julgado, decepcionar alguém, sair do controle, não dar conta. Nomear o medo reduz o poder dele. Em vez de tratá-lo como verdade, trate-o como sinal: “isso importa para mim”. A pergunta-chave é: o que eu faria se agisse apesar do medo, e não guiado por ele?

6) Qual é um passo intencional que posso dar, já nas próximas semanas, para incorporar essa nova história?

Transformação não é discurso, é prática. Escolha um passo pequeno, realista e consistente: iniciar um projeto, pedir ajuda, colocar um limite, voltar a estudar, retomar um hábito, conversar com alguém importante. O foco é criar evidências de mudança: ações repetidas viram identidade.

Um convite à possibilidade

2026 pode ser o ano em que você para de viver a partir de histórias antigas e começa a agir com mais alinhamento com seus valores, sua visão e seu potencial. Sua história não é imutável; ela muda quando você muda suas escolhas. E escolhas melhores nascem de clareza, compaixão consigo mesmo e direção.

Dunlhyan Arruda

Escritor e Acadêmico de Psicologia

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